sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O ‘deus’ que não desce do trono...


Hoje pela manhã, em momento devocional na empresa, fiquei pensando nas palavras da música: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono e ao cordeiro, pertence a salvação”. Também escutei uma oração em que a pessoa dizia, “- Senhor, reconstrua o Haiti! Converta as pessoas daquele país!”...

Entre tantas orações que tenho ouvido, em muitas delas escuto palavras que passam a ideia de que as pessoas lá no Haiti não conhecem a Deus e estão naquela situação por isso...

Enquanto isso, temos alguns (ímpios, diríamos nós) indo ao Haiti junto com a ONG Viva Rio, por exemplo; ou então temos alguns outros servindo como soldados na reconstrução do país; ou outros como a senhora Zilda Arns que teve um trabalho tão belo com a pastoral da criança no Brasil para depois doar a vida lá no Haiti. Isso mencionando apenas o que vemos na mídia... Não sabemos nada sobre as vidas dos transformadores de mundo anônimos...

Mas o que mais me deixa chocado é o que aprendemos em nossas igrejas: sentarmos em nossos ‘tronos’, cheirando a nuca dos nossos ‘irmãos’, sem nos levantarmos jamais, a não ser para louvar (?), permanecendo sempre na letargia costumeira. Vamos acumulando nossos recursos, gastando caro com acampamentos, melhorando a qualidade do papel e da impressão dos nossos boletins, aumentando cargos e salários, reformando templos (?), comprando sistemas melhores de ar condicionado, contratando seguranças e colocando tudo sob a proteção de um bom seguro (afinal, temos muito, devemos nos precaver!).

Há algum tempo atrás, quando houve a destruição em Santa Catarina, causada pelas chuvas e enchentes escutei em minha igreja pedirem doações em dinheiro, específicas para aquela situação. Fiquei decepcionado com o pedido ao descobrir que minha (?) denominação (tradicional, histórica) possui um valor que ultrapassa a casa do milhão depositado em banco...

Acompanho muitos blogs que noticiam os absurdos dos Malacheias, Ceroullos, Santiagos e Edires, mas tenho para mim que esses são fáceis de serem pegos em seus absurdos, o difícil é compreender a perversidade e a hipocrisia das denominações tradicionais e históricas, que estão cada vez mais iludidas em suas altas e sublimes posições, investindo em si e reproduzindo um bando de fariseus egoístas...

Realmente, a leitura que o ‘mundo’ faz é: Deus está sentado!

6 comentários:

Arca Da Alinça disse...

a paz!!!!!! boa sua mensagem, mas tenho algo a falar a biblia diz: que ñ a maldição sem calsa, e a ira de Deus estremesse a terra, para nos fazermos algo primeiro temos que buscar a vontade de Deus, depois ter a direção do espirito santo de Deus, ñ como eu quero e sim como o senhor que guiado pelo espirito santo,Juizes 2:23 Por isso o senhor ficou irado com Israel e deixou que cuchã_risataim, os conquistasse.
Cuchã significa, o duplamente malvado, ou Cuchã problema em dobro. Então os israelita pediramsocorro ao senhor, e Deus ñ foi o homem ele mandou um homem para libertá_los.

Anônimo disse...

Adorei o texto, aliás você escreve muito bem. Mas saiba que a sua denominação não é a única... recentemente descobri fatos que me fizeram desacreditar um pouco (bastante, na verdade) dessas grandes e históricas denominações.
Graças a Deus tô numa igreja que não pertence a esses grandes grupos e parece jogar limpo.

O povo ora pra Deus mandar pessoas, mas ninguém se prontifica a ir!
É um tanto quanto ridículo não?

e o pior, sabemos que daqui pra frente, tudo isso vai ficar pior...
:(


Deus abençoe e continue escrevendo tá?

beijo

*Babi Asevedo* disse...

Amei o texto, mas senti um pedala robinho...(em mim)
Acho q tá na hora de eu acordar...

Só, obrigada!

Livia Uhlmann disse...

Todo mundo ora por conversão e quer fazer evangelismo, mas nenhuma igreja faz a metade do que outras entidades, como a espírita por exemplo, fazem. Estamos cheios de descurso e sem ações.

Unknown disse...

Muito bom o texto!!!
Visite o meu blog tambem http://featualizada.blogspot.com/

Marcos Vinicius Gomes disse...

Muito bom texto. Inclusive a parte final, onde aponta que igrejas antes atentas às discrepanças e obtuosidades religiosas de igrejas milenares, agora confortavelmente se acham no direito de repetir o erros daquelas. Isso, claro com certa arrogância institucional.